Vibe positiva toma conta do Intercolegial 2021 na disputa do skate na Vila Olímpica do Encantado
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O clima do skate tomou conta do Intercolegial 2021 na manhã deste sábado (23/10), com demonstrações de amizade e companheirismo entre os participantes, descontração e muitas manobras na pista da Vila Olímpica do Encantado. Liderado por Matheus João, considerado uma grande promessa do esporte, o Santa Mônica Centro Educacional faturou três dos quatro títulos da modalidade. O Sesi Tijuca foi o outro campeão do dia.

A cada edição do skate, o Santa Mônica Centro Educacional, inscrito por sua unidade de Cascadura, amplia seus domínios. Maior vencedor disparado do esporte, a escola subiu ao pódio nas quatro categorias em disputa. Matheus João e Beatriz de Oliveira ganharam a sub-14 e Isabelly de Almeida, a sub-18. Completando a campanha quase perfeita, Murilo Faria ficou com o bronze sub-18.

A categoria sub-18 masculina reuniu dois dos melhores skaters do Inter 2021. A troca e a torcida mútua entre os participantes ficou ainda mais evidente no encontro entre Emanuel Sol, dos Sesi Tijuca, e João Suisso, da Rede Daltro, da unidade Taquara. A cada volta de um, muitos aplausos do outro. E foi nesta vibe que Emanuel Sol ficou com a primeira colocação e Suisso, com a segunda.

Parceiro do Intercolegial na realização do skate, Bruno Funil foi um representante à altura da paixão pelo esporte demonstrada na competição. Ele comandou a festa e, com o microfone em punho, espalhou a filosofia de vida da modalidade, considerada a maior característica deste esporte, sempre com palavras de incentivo e procurando as melhores qualidades de cada participante em suas apresentações.

— Essa foi a vez que o skate se mostrou mais presente nas quatro edições que fez parte do Intercolegial. A gente teve uma pista muito boa à disposição, com todos os fundamentos necessários para que as manobras fossem apresentadas. Tivemos manobras com nível técnico altíssimo, com destaque para a categoria sub-18 masculina. As meninas também mandaram muito bem. Todo mundo na maior torcida e a gente só tem a agradecer — enaltece Funil, que espera muitas edições da modalidade na competição entre estudantes mais tradicional do Brasil:

— O Intercolegial abraçou o skate. Um esporte que durante anos foi marginalizado, julgado como brinquedo, como coisa de vagabundo e um monte de outros termos pejorativos que usavam contra os praticantes de skate e de surfe também. E esta Olimpíada de Tóquio veio para calar a boca desses preconceituosos. O Brasil apresentou resultados excelentes tanto no surfe como no skate e a gente espera que isso nunca mais volte. E não vai voltar.

Carioca, Funil começou a andar em 1987, quando ganhou o primeiro skate de seu pai e até hoje arrisca suas manobras, inclusive na sua casa, onde tem uma pista particular. Ele fala com todo orgulho que vive em prol do skate e como uma missão faz questão de espalhar o amor pela modalidade por onde vai. E foi exatamente este sentimento que demonstrou no Intercolegial.

— O espírito do skate foi muito bem representado. A galera torcendo pelo adversário, que é um termo que a gente nem usa muito no skate, mas estou competitivamente falando, pois é um campeonato. Você não vê aqui a rixa que às vezes tem em outras modalidades esportivas. No skate é todo mundo abraçando um ao outro. O cara pode estar ali disputando as primeiras colocações contigo, que se ele mandar uma manobra maneira ele vai te abraçar, vibrar contigo e vindo de volta também. Essa é a parte mais legal que o skate tem para mostrar ao mundo: essa amizade, este respeito entre todos os competidores — exalta Funil.

Nas demais posições do pódio, o Juan Samaranch, de Santa Teresa, conquistou duas pratas, com Talitha Paiva (sub-14) e Sophia Silva (sub-18), e um bronze, com Victor Henrique (sub-14). A Rede Daltro faturou o vice-campeonato sub-14, com Joaquim Fernandes. O Loide Martha, de Caxias, ganhou dois bronzes, com Maria Julia (sub-14) e Fernanda Santana (sub-18).

Com a disputa do skate, o Intercolegial chegou à metade das modalidades de 2021. E mais uma vez o protocolo sanitário, elaborado pelo Hospital Sírio Libanês, foi seguido à risca. Foram realizados 58 testes de antígeno nasal. Durante a competição, todos os envolvidos usaram máscara. A próxima atração será o vôlei, nos dias 6 e 7 de novembro.

FOTO: Ari Gomes




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