Uma das únicas treinadoras do futsal masculino, Rebeca busca seu espaço à frente do Cefet Celso Suckow
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As mulheres estão cada vez mais assumindo papéis de protagonistas na sociedade. E no esporte não é diferente. Atletas, professoras, diretoras, técnicas... Todas buscam e conseguem cada vez mais espaço no mercado. No entanto, ainda é incomum vermos técnicas comandando times masculinos. É o caso da Rebeca Coelho, treinadora da equipe sub-18 não federado masculino de futsal sub-18 do Cefet Celso Suckow da Fonseca,que jogou na primeira rodada da modalidade no 37 Intercolegial Sesc O GLOBO.

A participação reduzida das mulheres no futsal masculino pôde ser comprovada no Congresso Técnico do futsal, realizado antes de a bola rolar. A professora contou que estranharam a sua presença.

- Eu estava lá no congresso e só tinham homens entre os técnicos do sub-18. Na hora do sorteio, perguntaram se eu era do Cefet, se eu era a coordenadora e quem era o técnico. Eu falei, "não, eu sou a técnica". Porque as pessoas sentem uma diferença, uma professora e técnica. Mas o ambiente é tranquilo. Estamos aqui para fazer um bom trabalho, brigar pelas vitórias, pelos títulos e pelo esporte - garante Rebeca.

E a história dela no esporte vem desde pequena. Rebeca sempre gostou de esportes e até já participou do Intercolegial como atleta, quando estudava no Garriga de Menezes, de Jacarepaguá. Inclusive, foi medalhista.

- Participei do Intercolegial quando era mais nova, joguei vôlei, vôlei de praia e fui medalhista na natação. Tenho uma história esportiva e acabei indo para a Educação Física por esse gosto, essa afinidade com o esporte - ressalta.

Agora como treinadora, Rebeca não teve tanta felicidade na estreia do time de futsal sub-18 não federado do Cefet, no ginásio do Colégio Odete São Paio, em São Gonçalo. Sua equipe perdeu por 5 a 1 para o tradicional Percepção, de Irajá. Engana-se, entretanto, que a vitória da escola da Zona Norte sobre o adversário do Maracanã foi fácil. Apesar do placar dilatado, o jogo foi equilibrado, principalmente no primeiro tempo.

- A gente pressionou, ficamos com uma diferença de um gol (no primeiro tempo). Depois, demos mole e tomamos um gol que deu uma desestabilizada. Mas eles estão de parabéns, jogaram muito bem, mesmo com pouco tempo de trabalho. Eles são ótimos. A perspectiva é melhorar ainda mais no futuro - garante Rebeca, antes de completar sobre as dificuldades que encontra para dar continuidade:

- Na verdade, gente tá começando um trabalho esse ano com os meninos. As nossas instalações não são as melhores, a nossa quadra é pequena. Então, a gente sente uma diferença quando a gente vem para o jogo. Mas os meninos tem muito talento, o jogo foi muito bom - finalizou.





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