Grávida, técnica do Loide Martha segura o nervosismo e comanda o time na conquista do bronze no vôlei sub-18 federado feminino
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Uma decisão valendo medalha do Intercolegial, por si só, já é nervosa. Para a técnica do time de vôlei sub-18 federado feminino do Loide Martha, no entanto, foi ainda mais difícil manter a calma na beira da quadra. Márcia Martins até tentou, mas o jogo não ajudou e a tensão ficou no ar até o tie-break e, felizmente para ela, seu time saiu do ginásio do Sesc Tijuca com a vitória e o bronze da categoria.

Após o triunfo por 2 sets a 1 sobre o Colégio Militar, da Tijuca, a técnica não conseguiu esconder a emoção. Ela admitiu que não tem como controlar seu comportamento na hora de dirigir a equipe.

— Sofri muito, suava frio. Cada grito que eu dava chegava a ver estrela. Tem que segurar o nervosismo, mas não segura. Tem hora que dá até vontade de bater (risos). É a mesma coisa de como não tivesse grávida. Tento beber mais água para acalmar, mas é brabo — reconhece Márcia, que ainda não sabe o sexo da criança, já considerada a mascote do time.

Para ajudar a segurar o nervosismo, Márcia ficou boa parte da partida sentada no banco de reservas. Mas isso também foi parte da sua estratégia para fazer o time se unir e tomar as rédeas do jogo, vencido pela escola de Caxias.

— Conversei com elas e deixei que elas tomassem a decisão se queríamos sair do jogo em quarto lugar ou brigar pelo terceiro. Minha postura sempre foi de ficar na beira da quadra, gritando, falando o tempo inteiro. Mas quem decide o jogo são elas. Eu ia sentar no banco e assistir elas jogando. E foi o que aconteceu. O resultado apareceu. Elas vestiram a camisa da escola e viram que era o melhor a ser feito, brigar pelo resultado — conta a professora.

A partida que garantiu o terceiro lugar do pódio para o Loide Martha foi um exemplo da campanha da equipe, segundo a técnica. O time venceu o primeiro set por 25 a 20, mas viu o Colégio Militar voltar melhor no segundo set e perdeu por 25 a 12. No último e decisivo set, no entanto, a escola da Baixada não deu chances para as adversárias e fizeram 15 a 5, para a satisfação da futura mamãe.

— Nossa campanha foi bem irregular, a gente veio para o jogo apreensivo. Comecei o trabalho esse ano no colégio, então a nossa união foi determinante. O grupo é limitado, se for olhar o Intercolegial. Porém, a gente deixou muito suor em quadra. Independente das limitações da equipe adversária (estavam com apenas uma jogadora reserva), que foram visíveis, a minha equipe fez por merecer o resultado de hoje — comemora Márcia. — Estou muito satisfeita. Vim para o jogo achando que não seria tão favorável — completa.

O 37° Intercolegial é apresentado pelo Sesc, realizado pelo jornal O GLOBO e produzido pela Abadai Eventos.





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