Escola Municipal Daniel Piza tenta superar perda de aluna vítima de bala perdida
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O dia 30 de março de 2017 jamais será esquecido para todos na Escola Municipal Jornalista e Escritor Daniel Piza, localizada em Acari. Nesta data, uma jovem e promissora estudante morreu vítima de bala perdida. Maria Eduarda Alves, de 13 anos, foi mais um alvo do calibre do perigo, sem saber de onde veio o tiro. Passados quase dois meses da tragédia, o colégio, ainda tentando se recuperar, fez sua estreia no Intercolegial 35 anos, com as equipes sub-14 não federadas (masculina e feminina) de basquete, no ginásio do Sesc Ramos.

As meninas, infelizmente, não puderam entrar em quadra por problemas de documentação de uma atleta. Já os rapazes, mesmo em número contado, fizeram um jogo de igual para igual com o Centro Educacional Elpídio da Silva, de Padre Miguel, perdendo o duelo por 9 a 8, na última cesta.

– Com certeza a falta de banco fez diferença, o menino chegou com a identidade, mas não pôde jogar porque tinha passado o tempo estipulado para inscrevê-lo na partida. A gente pôs um menino muito jovem ainda. Ganhamos o jogo o tempo todo, aí no final perdemos por uma cesta, mas acontece, o esporte é isso – explica o professor Marcelo Silva.

Emocionado, o professor revela que o projeto continua em nome da Maria Eduarda. Marcelo conta as dificuldades que todos enfrentaram para voltar às atividades depois do acontecimento.

– O Daniel Piza tem uma característica de desenvolver a educação através do esporte, por meio do projeto Atleta Cidadão. Quando isso aconteceu, foi um baque para todos. Ficamos imaginando como poderíamos continuar,, mas as próprias crianças deram força, dizendo que não queriam desistir. Não esperávamos que isso fosse acontecer, porque sempre tivemos responsabilidade, mas, infelizmente, dessa vez não deu – relata Marcelo.

Mãe de Maria Eduarda e hoje símbolo da equipe, Dona Rose acompanha o time em todos os jogos e incentiva as meninas.

– A vida não está sendo fácil desde que “Papai” levou minha menina. Estou me esforçando para alimentar, dormir. Não está sendo fácil vir aqui sem a Maria Eduarda, mas tento passar força e incentivo para as amigas dela. Eu creio que ela esteja feliz e torcendo por nós, seja onde estiver – disse Dona Rose, bastante emocionada.

O próximo desafio da escola no Intercolegial 35 anos será contra o Abeu Colégios, de Belfort Roxo, no dia 27 (sábado), às 10h20, novamente no Sesc Ramos, em duelo válido pelas oitavas de final da categoria sub-18 não federada masculina.





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