Capa do jornal O GLOBO, Hugo Calderano é o melhor mesatenista brasileiro da história e disputou o 27º Intercolegial
Capa da edição do jornal O GLOBO de sábado passado (7/5), Hugo Calderano é o maior expoente da história do tênis de mesa brasileiro. Ele é o terceiro melhor mesatenista do mundo e chegou entre os oito primeiros nas Olímpiadas de Tóquio, no ano passado. Em 2009, quando tinha apenas 13 anos, ele já chamava atenção pela técnica e foi uma das estrelas da modalidade no 27º Intercolegial, em disputa no Jequiá Iate Clube, na Ilha do Governador. A medalha de ouro veio em sua primeira participação nos Jogos.
Atualmente vivendo na Alemanha, Hugo veio ao Brasil para participar do Desafio Brasil x França de tênis de mesa, disputado na Arena Carioca 1, que será palco do Desfile de Abertura do Intercolegial 40 anos, no próximo sábado (14/5), a partir das 10h. Mesmo vencendo suas duas partidas, ele não conseguiu impedir a derrota por 3 a 2 para os franceses.
— É incrível poder voltar para o Brasil. Há um bom tempo eu não jogava por aqui, com a torcida brasileira que eu tanto amo. Eles fizeram bastante a diferença hoje, me empurraram e me ajudaram bastante. Quando eu entrei na apresentação até senti um arrepio, fico feliz de ver tanta gente me apoiando aqui — disse o mesatenista carioca.
Confira a matéria publicada no site do GLOBO, em 26 de junho de 2009:
Família Calderano brilha no tênis de mesa
Quando se fala em Família Calderano no mundo do tênis de mesa o sentido não é figurado. Diferentemente da "Família Scolari", como ficou conhecida a seleção brasileira campeã do mundo em 2006, na Alemanha, a equipe dos irmãos Hugo e Sofia e de Marcus Marinho Calderano, pai, e treinador do Colégio Santo Inácio, de Botafogo, é formada por laços sanguíneos. A escola brilhou no ginásio do Jequiá Iate Clube, da Ilha do Governador, onde foi realizada a disputa da modalidade no 27º Intercolegial. Estrela da companhia, Hugo Calderano disputou o Intercolegial pela primeira vez e conquistou o título da categoria livre federado ao vencer por 3 sets a 1 Marcus Fernandes, do Casimiro de Abreu. Recentemente, o mesatenista do Fluminense sagrou-se vice-campeão da etapa mundial disputada na Guatemala.
— É difícilcompetir na América do Sul pela categoria infantil, pois os outros países jogam bastante entre si e adquirem maior experiência internacional. Além disso, também tive problema com a altitude de 1.500 metros, que torna a bola mais rápida. Ninguém me conhecia e consegui vencer o paraguaio Axel Gavilan, campeão sul-americano — conta Hugo, de 13 anos, que poderia disputar a categoria mirim e na final derrotou o argentino Diego, cujo sobrenome não se recordou.
Aos 10 anos, Sofia segue os passos do irmão e já empunha a raquete com técnica apurada, que lhe rendeu o terceiro lugar na categoria pre-mirim do Brasileiro, disputado em Fortaleza.
— Disputar o Intercolegial é uma experiência diferente. Não tinha ninguém para aquecer e conheci algumas alunas de outros colégios para bater a bola — conta Sofia, que também é atleta do Fluminense e cursa o quinto ano do ensino fundamental.
Patriarca da família, Marcus Marinho acumula a função de professor da Escola Municipal Presidente Costa e Silva, em Botafogo. Ao lado da esposa Elisa, ele conta como descobriu o talento do filho.
— Sempre gostei de jogar ping pong e vi que Hugo batia certinho na bola. Ele tem bastante jeito para vários esportes, mas sua técnica no tênis de mesa é diferenciada e logo impressionou o técnico do Fluminense — revela Marcus, que também é professor e técnico de vôlei, handebol e atletismo no Santo Inácio.
FOTOS: Ari Gomes e perfil do Facebook de Hugo Calderano
Página de Esportes do Jornal O GLOBO (7-5-2022)
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